Sintegração

 Olá!

Durante a aula do dia 09/12/21 foi realizada uma dinâmica de sintegração, isto é, as pessoas foram dividas em grupos diferentes para cada uma das quatro rodadas. Dentro de cada grupo haveriam pessoas que exerceriam a função de debatedores, críticos ou observadores, de modo que todos teriam oportunidade de experienciar uma das três funções. Nesse sentido, cabe ainda mencionar que os debates exigiam que os participantes tivessem lido os textos recomendados pelos professores.

Na primeira rodada, participei como observadora, ou seja , escutei a discussão acerca da "diferença entre virtual e digital na arte e na arquitetura" sem acrescentar nenhum comentátrio. Ao longo do debate houveram algumas divergências entre os debatedores em relação ao significado de "virtual" e de "digital", de modo que, inclusive, as opiniões emitidas extrapolaram os significados de tais conceitos presentes no texto "Por uma Arquiteutra Virtual", o que achei muito interessante. Além disso, foram estabelecidas relações entre "virtual" e a ideia de "programática" e "processos cíclicos". 

Na segunda rodada, fiquei encarregada de criticar a discussão baseada no tema "as possibilidades da magia pela experiência e não da mágica pelo truque como recurso para promover a abertura do outro".Durante as colocações dos debatedores, foi levantada a relação entre magia como experiência e como mágica e a importância da surpresa ao ser confrontado pelo desconhecido, um ponto que eu não havia pensado enquanto lia os textos "Design:obstáculo para remoção dos obstáculos"; "Arquitetura, interação e sistemas" e "Teoria do não-objeto". Outro comentário que chamou minha atenção foi a possibilidade de atribuir à arte digital o caráter mágico enquanto truque, em contraste com o não-objeto, que possui a magia enquanto experiência devido a sua virtualidade e seu aspecto programático.

Na terceira rodada, enquanto debatedora, busquei problematizar com meus colegas a "proposta de obstáculo no contexto de abertura de possibilidades". A discussão teve como ponto de partida o texto "Design:obstáculo para remoção dos obstáculos", porém ao longo dos posicionamentos, outras ideias foram trazidas, tais como os limites colocados sobre as criações, por exemplo, o apego de arquitetos com suas obras; o apego com o passado e a dificuldade de se produzir coisas novas que permitam a participação ativa do usuário no processo de desenvolvimento do objeto.

Por último, na quarta rodada, novamente exerci o papel de debatedora, porém nesse momento a discussão teve como tema "a relação função/sentido do objeto no mundo em contraponto à abertura do não-objeto". Para iniciar a discussão, utilizamos o texto "Teoria do não-objeto" para tentar entender o que significa não-objeto e entendemos que ele é, assim como Gullar afirma, um "objeto especial", na medida que sua existência basta por si só, ou seja, ele não precisa ter uma função para existir, ao contrário do objeto. Em continuidade, derivaram dessa introdução outras questões, tais como a possibilidade de um objeto transformar-se em um não-objeto e vice-versa, além do protagonismo do espectador/usuário na determinação de algo como sendo objeto ou não-objeto.

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